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domingo, 28 de novembro de 2010

Todavia




Todavia,
O nó é dado na garganta
As palavras fecham-se
Tudo para...

Voz,
Cérebro,
Coração?!...
Vida?!...

Todavia,
Cala-se o eu
Eu mudo?
Mudo é mudo porque nasceu assim
E mundo de minha mudez caduca a língua
Que não se estende mais...

É tudo...
Todavia
A língua fere-me sem sair livremente
A boca ampara, fecha-se
Retarda o coração!













Todo o mal de sua boca




Porque perdi você
Sem o silêncio?

Silêncio que pretendi
Alarde que deste...

Onde foi parar
Estrela nata
Onde nascem
Junto ao amor?

Onde está nosso azul?
Azul do mar,
Azul do céu,
Azul do azul?

Parar para quê?

Desnudo-me da carne
Andando pelas ruas
Mas não procurando o mar
Mas não procurando o céu...

Enveneno-me na cerveja
Partindo todo o corpo
Expelindo todo o mal
Todo o mal de sua boca
E todo o mal do meu silêncio!

Cortina





Olho esse sol por detrás da cortina
O céu parece resplandecer ainda mais
Sua imagem surge em sais
Sais de lágrimas de meu olhar
Procurando-o no esplendor do ar.
Nada parece comover, nada!
Na janela, intacta, parada
Atenta no infinito da procura
Do sádico amor, a cura!
Vejo risos, beijos nas lembranças,
Sou jogada nas heranças
Vazias escaladas
De um dia esquecer
Esquecer esse amor maior...